Neste sábado, more about 21, site o Coritiba Crocodiles enfrenta o Cuiabá Arsenal, na Arena Pantanal, em jogo que acontece às 19h (horário de Brasília). A partida é válida pela final da Conferência Centro-Sul, do Campeonato Brasileiro de Futebol Americano, e o vencedor, além de levar o título da conferência, vai disputar a grande final da competição, contra o vencedor de Recife Mariners e João Pessoa Espectros.
Com mais de 10 mil ingressos já vendidos, além de um grande público, a expectativa é de um grande espetáculo em um dos estádios que sediou a Copa do Mundo de futebol no ano passado. Prontos para o confronto, os jogadores do Croco já estão a caminho de Cuiabá, onde a delegação deve estar completa na manhã deste sábado.
A final terá o maior público de uma partida de futebol americano disputada no Brasil. E, apesar de ter a maioria da torcida contra o Coritiba Crocodiles, o grande público é visto como positivo pelo coordenador ofensivo da equipe, Gerard Kaghtazian. “Torço muito para que o recorde de público seja quebrado. Seria ótimo para o esporte e para o nosso campeonato. A presença do público traz um componente emocional e pode servir de pressão ou de motivação para as equipes”, avaliou.
A mesma opinião é compartilhada por Fernando Alves, coordenador do special team ao lado de Delmer Zoschke. “Sinceramente, eu fiquei feliz com a notícia. Nós jogamos para vencer, mas principalmente estamos tentando trazer o Futebol Americano para a vida das pessoas no Brasil. Números como esses mostram que estamos conseguindo, mostram que podemos trazer entretenimento para as pessoas. É o mais perto que estamos chegando do esporte profissional até o momento”, disse.
A equipe de coordenadores do Coritiba Crocodiles falou ao Site Oficial da equipe sobre tudo o que gira em torno desta final. Confira:
Gerard Kaghtazian – coordenador ofensivo
– A expectativa é de encher a Arena Pantanal com pelo menos 10 mil pessoas. Isso intimida vocês de alguma forma? Jogar contra um público tão grande?
“Eu particularmente, me sinto mais pressionado jogando em casa, com torcida a favor, pois me sinto na obrigação de corresponder às expectativas deles. Ano passado foi muito difícil ver o Couto Pereira lotado e a gente atrás no placar. Claro que a emoção da virada no final superou tudo isso. Mas eu prefiro jogar fora de casa, com torcida contra e conquistar o respeito e a admiração deles em campo, assim como ocorreu em 2013 na Paraíba, onde a torcida do Espectros, após incentivar seu time o jogo todo, nos aplaudiu ao final e reconheceu a nossa superioridade naquele dia”.
– Qual a sua expectativa para essa partida? Como acredita que será o comportamento dos seus jogadores?
“A expectativa é de um grande jogo entre duas grandes equipes. São dois títulos nacionais para cada um e três vitórias para cada lado em seis confrontos. Um dos dois vai sair na frente e ter a chance de ser o primeiro tricampeão nacional. Os nossos jogadores estão acostumados a jogar finais, enfrentar grandes equipes e torcidas adversárias. Espero que eles possam focar apenas e tão somente nas suas funções dentro de campo e executar com perfeição o game plan que estamos desenvolvendo desde a conquista da classificação para mais essa final”.
– Você acredita que o Croco estará pronto para a batalha? Falta acertar alguma coisa ainda?
“Acredito que sim. Muita coisa foi mudada em relação ao game plan, pois precisamos surpreender o adversário. Mas nossos jogadores têm experiência e conhecimento suficiente para absorver rápido as mudanças nas formações, jogadas e esquemas de jogo. Falta acertar pequenos detalhes e responder as dúvidas que ainda possam existir, mas os jogadores estão estudando bastante e o feedback que tenho recebido é muito positivo. Conversei com vários jogadores e todos gostaram muito do game plan e estão muito confiantes que ele pode funcionar bem contra o Arsenal. E acreditar naquilo que você está fazendo é o primeiro segredo para o sucesso”.
– O adversário é uma das grandes equipes nacionais, assim como o Croco. O que esperar deles?
“Eu espero uma batalha por centímetros. Nada menos do que isso. As coisas nunca são fáceis contra o Arsenal e não será dessa vez, naquele que será, provavelmente, o maior evento da história deles, que eles vão facilitar. O Arsenal é o nosso maior rival histórico. Na minha opinião o maior clássico do Futebol Americano no Brasil. Já tivemos grandes vitórias sobre eles, mas derrotas muito dolorosas. É um time que tem jogadores muito talentosos e uma comissão técnica que sabe estudar o adversário e se preparar para ele. O Arsenal tem um ataque aéreo muito perigoso, de passes rápidos, para evitar a pressão no QB e WR’s que podem conquistar muitas jardas após o catch com velocidade e agilidade. Apesar de não terem um RB de destaque esse ano, a OL deles é grande e forte o suficiente para abrir gaps e permitir que o ataque fique balanceado e menos previsível. E a defesa é muito forte. Linha forte e pesada, que faz muita pressão no QB e LB’s muito rápidos tanto para parar a corrida como na cobertura. E uma secundária bem posicionada. É um time difícil de ser batido”.
– O que você destaque deste ataque do Croco?
“Historicamente o destaque do ataque do Croco é o jogo corrido. Temos dois dos melhores RB’s do Brasil, sem sombra de dúvida, e uma OL que gosta do contato. Mas desde 2013 temos trabalhado muito o nosso jogo aéreo e conquistado muitas vitórias graças aos passes dos nossos QB’s e o talento dos nossos WR’s. Nossa OL evoluiu muito do início do ano apra cá. Os jogadores têm entendido melhor a sua responsabilidade em cada jogada e absorvido melhor os nossos sistemas de bloqueio. Acho que se quisermos vencer, temos que trabalhar bem em todos os aspectos do jogo. Um ataque unidimensional não tem muita chance de sucesso. E cuidar bem da bola pois turnovers podem ser determinantes em partidas como essa”.
Fernando Alves – coordenador do Special Team
– A expectativa é de encher a Arena Pantanal com pelo menos 10 mil pessoas. Isso intimida vocês de alguma forma? Jogar contra um público tão grande?
“Sobre a pressão, acho que o atleta precisa filtrar o que entra na cabeça dele e o que fica fora. Quando estávamos no Brasil Bowl, tínhamos uma situação reversa à do próximo sábado. Tínhamos um grande público que estava torcendo ao nosso favor. Ali sim era a oportunidade de escutar a torcida e se motivar. No fim, a torcida fez toda a diferença naquele jogo. Acredito que na Arena Pantanal, precisamos bloquear o que está fora da grama e se concentrar no jogo”.
– Qual a sua expectativa para essa partida? Como acredita que será o comportamento dos seus jogadores?
“Acredito que os nossos atletas sabem que esse jogo pode ser o início de um novo capítulo na história. Quem vencer essa partida terá nas mãos a oportunidade de ser o primeiro Tricampeão Brasileiro de Futebol Americano. Nós estamos encarando este jogo como o primeiro de uma final de dois jogos, e com certeza o Arsenal também está. Quem vencer ainda pega uma de duas duríssimas opções. O João Pessoa Espectros, que já esteve duas vezes na grande final (e nós mais do que ninguém sabemos como eles se sentem hoje), e o Recife Mariners, que tem chegado constantemente nas finais de Conferência e inclusive venceu o Espectros em duas oportunidades nos últimos dois anos de Superliga Nordeste”.
– Você acredita que o Croco estará pronto para a batalha depois do treino de hoje? Falta acertar alguma coisa ainda?
“Sim, acredito. Estamos prontos”.
– O adversário é uma das grandes equipes nacionais, assim como o Croco. O que esperar deles?
“O Arsenal é um grande time e, assim como nós, já passou por todo tipo de situação em campo. É um time que sabe se manter vivo em uma partida mesmo contra o relógio e dessa vez terá bastante ajuda da torcida. Eu espero um Arsenal mais forte do que o que esteve aqui em Curitiba”.
– O que você destaque deste special team do Croco?
“Acho que temos mais disciplina agora e sabemos que nosso adversário é bom em retornos. Demos atenção especial para isso, então nossos times de Punt Chute e Kickoff Chute foram bastante exigidos nos treinos. O campo da Arena Pantanal é consideravelmente maior que o restante dos campos que jogamos, então sabemos o quanto será importante ter disciplina para sempre ter uma boa posição de campo”.
Delmer Zoschke – coordenador do Special Team
– A expectativa é de encher a Arena Pantanal com pelo menos 10 mil pessoas. Isso intimida vocês de alguma forma? Jogar contra um público tão grande?
“Devemos encarar esse recorde de público como uma motivação, afinal, não é todo dia que jogamos em um estádio de Copa do Mundo. Vale lembrar que nosso primeiro título brasileiro foi fora da cidade, contra a fervorosa torcida do Espectros. Tudo isso me deixa com mais vontade de entrar em campo”.
– Qual a sua expectativa para essa partida? Como acredita que será o comportamento dos seus jogadores?
“Estou muito confiante na vitória. Acredito no elenco como um todo e sei que todos estão confiantes. Foco, intensidade e execução das jogadas serão os passos que vamos buscar no jogo”.
– Você acredita que o Croco estará pronto para a batalha? Falta acertar alguma coisa ainda?
“Tenho certeza que sim. Quem acompanha o Crocodiles sabe que a evolução durante o campeonato sempre acontece e que independente de acertar 100% ou não, lutaremos até o fim”.
– O adversário é uma das grandes equipes nacionais, assim como o Croco. O que esperar deles?
“A equipe do Arsenal é bem disciplinada em suas execuções de jogadas, temos trabalhado muito para que possamos errar menos na partida, dificultando assim o jogo deles. São bem eficientes nos passes longos e passes rápidos, porém acredito que estaremos preparados para isso neste jogo”.
– O que você destaque deste special team do Croco?
“O ST do Croco, assim como todo o time, tem evoluído muito a cada jogo. Tivemos muitas mudanças e isso impossibilitou que fôssemos com força total nos jogos passados. Porém, desta vez, estaremos melhor preparados e vamos com intensidade e inteligência contra o Arsenal”.
Cleverson Freitas – coordenador defensivo
– A expectativa é de encher a Arena Pantanal com pelo menos 10 mil pessoas. Isso intimida vocês de alguma forma? Jogar contra um público tão grande?
“Antes de mais nada gostaria de dizer que estamos muito felizes com a quantidade de ingressos já vendidos para a partida. Sem dúvidas é mais uma confirmação da evolução e do crescimento do esporte no país. Jogar diante de um grande público é sempre complicado, pois a comunicação em campo fica mais difícil, mas isso é válido para as duas equipes. Essa será nossa terceira final diante de um grande público, porém, é a primeira fora de casa, então ao mesmo tempo que isso não nos intimida, também precisamos estar focados no jogo pra que a pressão do público não afete nosso desempenho”.
– Qual a sua expectativa para essa partida? Como acredita que será o comportamento dos seus jogadores?
“Vai ser uma partida muito dura, vai exigir muito do físico dos jogadores e também estratégia dos coordenadores. A maioria dos nossos jogadores estava presente nos jogos decisivos que disputamos nos últimos dois anos, então acredito que eles vão conseguir lidar bem com a importância desse jogo e a pressão da torcida”.
– O que você destaque desta defesa do Croco?
“O destaque da defesa do Croco para esse jogo é a memória curta”.