Ansiedade feminina para o Paraná Bowl

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Andressa, sales Dayane e Luma estão sempre ajudando o Coritiba Crocodiles dentro de campo (foto: Arquivo Pessoal)

Neste sábado, more about 20, chega ao final mais um Campeonato Paranaense de Futebol Americano. Coritiba Crocodiles e Paraná HP se enfrentam em busca do título da competição. É a sétima final consecutiva do Coritiba Crocodiles, que conquistou os seis troféus anteriores. Além dos atletas que passaram pela equipe e participaram das conquistas, o Croco se orgulha de ter a sua torcida feminina bastante ativa, seja dentro ou fora de campo.

Do lado de dentro, o Coritiba Crocodiles conta com duas fisioterapeutas que auxiliam durante as partidas e jogos no tratamento dos atletas. Além disso, uma fotógrafa registra com perfeição todos os momentos importantes. Já do lado de fora, a mulherada deixa as outras torcidas para trás com gritos ensaiados, apitos e faixas de apoio ao elenco alviverde.

Para conhecer um pouco mais sobre todo o apoio feminino que o Croco recebe, o Site Oficial da equipe conversou com as mulheres que estão sempre ao lado trabalhando e apoiando. Luma Savaris Tamaru é fisioterapeuta do Coritiba Crocodiles desde 2009, quando começou a fazer atendimentos fisioterapêuticos e de primeiros socorros nos treinamentos e jogos. “Faço também o acompanhamento dos atletas fora dos treinamentos, para tratamento das lesões”, contou.

Porém, seu início ao lado da equipe foi como torcedora. “Quando comecei a acompanhar, pensava o mesmo que muitos. Porque me dedicar tanto a um esporte que não tem retorno financeiro, trazendo apenas despesas. Mas aí meu pensamento mudou”, disse. “Fui percebendo que cada atleta, cada colaborador, cada pessoa envolvida está ali porque é assim que você entra para o futebol americano, ganhando uma nova família”, constatou Luma. Ela ainda afirma que “como membro de qualquer família, você vai defender e lutar por todos que estão ali, sem se importar quando isso vai custar a você”.

Ficar tão próxima ao time faz com que tenha trabalhado em todas as finais disputadas pela equipe e para essa o trabalho tem sido mais específico. “Estou trabalhando intensamente na recuperação dos atletas, pois estamos muito focados. Não tem como não pensar na final e eu fico sempre ansiosa antes dos jogos. A minha vontade é entrar e jogar junto, ajudar dentro de campo também”, completou contando o que espera para o jogo de amanhã. “Acredito que as duas equipes joguem duro, mas joguem limpo. Todos temos que pensar que cada atleta tem que trabalhar no dia seguinte e muitos têm que cuidar de suas famílias, então o respeito ao adversário é essencial”.

“Fazer parte do Croco é saber que sempre você poderá contar com a ajuda de todos. Somos todos irmãos em busca de um objetivo. A superação das dificuldades, sejam elas pessoais ou em campo. Eu os defenderei com unhas e dentes, cada um deles, sempre”, garantiu a profissional.

Assim como Luma, Andressa Medeiros Santucci também é fisioterapeuta da equipe e auxilia nos jogos e treinamentos. “Trabalho no Croco há quatro anos. Em dias de jogos fazemos a preparação dos atletas antes da partida e no decorrer da mesma, atendendo possíveis contusões e lesões”, explicou.

Sobre o adversário deste sábado, o Paraná HP, Andressa faz uma avaliação. “Antes era um clássico a final entre Croco e Spiders. Com o tempo outros times foram se destacando e o campeonato se tornando mais competitivo. Hoje com HP é o novo clássico e, assim como no ano passado, esse jogo promete muitas emoções fortes”, disse a fisioterapeuta que garante. “Estamos confiantes”.

Para Andressa, a expectativa é de um jogo bastante intenso. “Acredito em um jogo forte e acirrado. Geralmente em jogos assim trabalhamos bastante, pois são jogos intensos e por isso, em especial eu e a Luma, trabalhamos bastante na assistência aos atletas, não temos muito tempo para apreciar a partida, infelizmente”, lamentou.

Quem assiste a todos os detalhes através das lentes é a fotógrafa Dayane Wosch, que passou a fazer fotos da maioria das partidas, sejam em Curitiba ou não, a partir de 2012. “Estive em todas as finais de Campeonato Paranaense e Brasileiro. Estive em todas as viagens e sempre com recursos próprios. O Croco para mim não é só um time de futebol americano, mas sim minha segunda família”, revelou.

“Estar em campo com esse time é muito importante para mim. Conheço cada jogador e para mim são todos meus irmãos. Não importa só o resultado final de cada jogo e sim como cada um dos meus irmãos saem de campo ao final de cada partida”, concluiu.

Além do Gramado
Mas não é apenas em campo que a mulherada dá seu apoio ao time. Fora dele, sejam familiares, esposas, amigas ou apenas conhecidas, as mulheres estão em todos os jogos. Julia Rico Sentoamore Kaghtazian é uma das torcedoras que têm orgulho da equipe. “É muito gostoso torcer para os meninos quando estão em campo, pois acredito que fazemos a diferença para eles. Acho que esse incentivo dá mais motivação e vontade de vencer. E quando estamos mais quietinhas, eles pedem para que gritemos. Então é com muito orgulho e prazer que torço para esse time”, contou uma das mais animadas nos estádios.

Para este sábado, mesmo sem conseguir imaginar o que vem pela frente dentro de campo, Julia já garante os seus gritos ensaiados. “Não sei qual será o resultado, pois as duas equipes estão bem treinadas. Mas acredite, estarei lá, na torcida, gritando como nunca. Sem querer ser clichê, mas eles já são vitoriosos e tenho que agradecer ao time por nos receber – torcedores – tão bem e por dividir conosco as suas vitórias”.

Mas se na hora de torcer a palavra de incentivo é mais importante, antes do jogo a ansiedade toma conta. “Não só nas finais, mas em todos os jogos, nós ficamos com o coração na mão. Além da expectativa de o nosso time sair com a vitória da rodada, rezamos muito também para que ninguém se machuque. Cantamos e gritamos para apoiar o time de qualquer maneira, seja comemorando um TD ou 1down, ou até mesmo reclamando de faltas”, contou.

Outra torcedora fervorosa e que está com o coração na mão é Amanda Schroh, que vai ter que acompanhar a final de longe, já que não conseguiu escapar do trabalho. “Até sábado terei que tomar muitos calmantes, pois vou torcer do trabalho. Mas estarei enviando muita energia positiva para todos eles, meu coração estará lá”.

Além de Julia e Amanda, muitas outras mulheres fazem parte da torcida CrocoPride e sempre que podem estão em contato e se ajudando. “O coração fica na boca em cada jogo, independente do adversário, pois além do jogo em si, o medo de lesões também preocupa. A torcida sempre está em contato, temos grupos no whatsapp e facebook. Procuramos surpreender a cada jogo, seja com músicas novas, bexigas, cartazes estamos sempre buscando maneiras de incentivar os meninos”, finalizou.

Uma coisa é certa. Com o Coritiba Crocodiles em campo, o apoio feminino está garantido. Neste sábado, 20, contra o Paraná HP, seja em campo ou fora dele, as mulheres alviverdes garantem a presença.

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